| 05/04/2006 08h32min
Diante do risco de a CPI dos Correios acabar sem um documento conclusivo, o PT e a oposição fecharam na noite de ontem um acordo para negociar alterações pontuais no texto do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). 
Os petistas desistiriam de derrubar o relatório original da comissão e votar um paralelo. 
– Existe uma linha estrutural que não pode ser modificada. Tenho problemas em relação ao mensalão e à Visanet. Vou resistir até o limite e se for o caso vamos para o voto – disse Serraglio. 
A votação do relatório está prevista para hoje. O prazo da CPI termina na segunda-feira. 
O relatório paralelo apresentado pelo PT afirma que repasses feitos a deputados da base aliada eram caixa 2, e não compra de apoio parlamentar. Os petistas também afirmam que dinheiro do Banco do Brasil, por meio do Fundo de Recursos da Visanet, não abasteceu o valerioduto. 
Para facilitar o acordo, o presidente da CPI, senador 
Delcídio Amaral (PT-MS), mudou a interpretação do regimento que 
estava sendo adotada. Agora serão acatados destaques para mudar ou suprimir trechos do relatório. Antes só estavam sendo admitidos votos em separado, que exigem a rejeição do texto original. 
– A temperatura subiu muito. O sentimento majoritário é de que, se os dois lados continuassem nesse clima, não seria votado nada. A CPI ficaria sem relatório – disse a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC). 
A oposição aceita rever os pedidos de indiciamento dos ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken, cujos casos seriam encaminhados para o Ministério Público.
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